quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mercado de carne no Brasil

Outro dia assisti uma palestra de um representante do Frigorífico Minerva, no evento promovido pelo Beefpoint em São Paulo. Aconteceu há uns dias atrás. O assunto era o posicionamento do frigorífico no mercado e o pagamento de prêmio para os pecuaristas, já que o evento tinha por objetivo mostrar como está o mercado nos dias de hoje para quem produz carne bovina de alta qualidade.

O dado fornecido foi que o Minerva opera 85% focado no mercado de commodity e 15% no mercado de carnes especiais. E mais importante, que só paga prêmio em negociações pontuais.

Vamos traduzir o que isso significa: eles operam no velho sistema bica corrida, ou seja, abatem o gado que chega e separam pós abate as melhores carcaças em um sistema de garimpo.


Linha de desossa de uma grande indústria

Mas o bom nessa história toda é que eles assumem isso. É o que eles fazem mesmo e nisso incluo JBS e o Marfrig.

As carnes diferenciadas desses frigoríficos são basicamente oriundas de animais confinados em suas unidades de confinamento.  O modelo é o mesmo para as três empresas e o Marfrig é o tem mais quantidade e foco nesse segmento.

Acontece que existem dezenas de pecuaristas que podem fazer o mesmo, confinar ou terminar à pasto do jeito que os frigoríficos quiserem. É só combinar ou melhor, basta deixar claro o prêmio e a especificação do bovino que se deseja (idade, sexo, peso, etc...).

Seria melhor para todos e pouparia recursos dos frigoríficos que poderiam investir mais em marketing, em processos industriais, melhorar seu caixa e outras providências urgentes que estão visíveis para quem analisa balanços e DREs dessas companhias.

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